Lesões X Mundial

Após conquistar a medalha de prata no Grand Prix 2010, a Seleção brasileira feminina de vôlei desembarcou no Brasil na manhã desta terça-feira. Além da medalha de prata, na bagagem também a preocupação com duas atletas lesionadas: Mari, que torceu o joelho direito na quinta-feira, e Paula Pequeno, que fraturou o tornozelo esquerdo na sexta. De acordo com o médico da equipe, Júlio Nardelli, a situação de ambas melhorou nos últimos dias, mas isso não significa garantia de participação no Mundial do Japão.


"A evolução delas tem sido satisfatória nestes quatro ou cinco dias, mas ainda precisamos fazer outros exames para dar um prognóstico mais objetivo sobre as lesões", ressaltou o médico. "Todo esse período elas passaram bem, com evolução clínica. Elas estão com amplitude quase total do movimento e sem dores", destacou.

Segundo o médico, os exames realizados na China não foram conclusivos porque as duas apresentavam edemas no local da lesão, o que prejudicava a visualização da imagem. As ponteiras passarão por novas avaliações ainda nesta semana.

Apesar disso, o processo de recuperação é o maior entrave para as atletas jogarem o Campeonato Mundial, que começa em 29 de outubro. "Cinquenta dias não é um tempo muito hábil para cicatrização das lesões e não dá para uma jogadora atuar em um campeonato deste nível com 50% da forma", explicou.

Enquanto Paula tem previsão de voltar às quadras entre quatro e seis semanas, a situação de Mari é mais complicada: como a torção provocou uma lesão no menisco, ela deve ser operada nos próximos dias.

Com os exames realizados na China foi possível concluir que Mari sofreu um rompimento do ligamento cruzado, que se for total, tira qualquer possibilidade de participação dela no Mundial. Se for parcial, conforme apresentou a imagem do exame, ela tem chances. O fato de ela estar com a perna firme e andando de muletas, sem a necessidade de usar cadeira de rodas, anima o médico. "É um sinal positivo", confirmou Nardelli.

Com informações de Carolina Canossa